A história do carro no meio da folia começou com Osmar Macedo e Adolfo Nascimento (Dodô), "eternos Dodô e Osmar" em 1949.
Eles inventaram o pau elétrico, um sistema formado por uma ripa de madeira composta por seis cordas de aço. A emissão do som gerado pela engenhoca era amplificado com ajuda de alto-falantes. Os dois saiam a bordo de um Ford 1929 tocando frevo na capital baiana.
Osmar era proprietário de uma oficina mecânica, ele foi o responsável por retirar o fordinho de um galpão e decorá-lo. Para dar um novo ar ao carro, Osmar pintou o veículo com vários círculos coloridos como se fossem confetes e o confeccionou em compensado, no formato de violão. Dodô trabalhava em uma emissora radiofônica e elaborou uma fonte que, ligada à corrente de uma bateria, gerava energia suficiente aos alto-falantes.
Antes da chegada de Termístocles de Aragão, o terceiro companheiro, o “Fóbica” levava os dizeres “Dupla Elétrica”, mais tarde, naturalmente, passou a se chamar “Trio Elétrico”. O fato histórico marcou, tanto que na Praça Castro Alves, em Salvador, há um monumento, implantado em fevereiro de 1998, que se caracteriza por ser geminado, representando os Inventores do trio elétrico do carnaval da Bahia, tendo na base a representação da "Fobica”, o primeiro condutor do trio elétrico no início dos anos 50, conta a Fundação Gregório Mattos.
Logo no primeiro ano, uma empresa de refrigerantes percebeu o enorme sucesso do trio e colocou um caminhão decorado à disposição dos músicos, inaugurando assim o formato do trio elétrico.